Nada contra ao que o Procon Estadual está fazendo na fiscalização de postos irregulares no Estado, mas para atender a sua recomendação, há que se levar em conta que a baixa de preço anunciada pela Petrobras deu-se num feriado, dia 21/04, quando os postos já tinham seus estoques abastecidos, ou seja, o combustível ora sendo vendido ainda é com base no preço anterior ao anunciado ontem. A intenção dos postos não é reter valores e a redução dos preços para o consumidor final, como estamos frequentemente avisando, vai acontecer gradualmente, lembrando que o desconto anunciado nas mídias é na Gasolina tipo A. Nossa estimativa é que a baixa vá acontecendo no decorrer desta semana ou mais tardar, na próxima, no momento em que cada estabelecimento vai repondo o estoque.
Quando as refinarias instauram baixa de preços, o índice é sobre o valor bruto do combustível. A Petrobras anunciou baixa sobre a gasolina da refinaria que custa R$ 1,12. Esse valor não tem impostos, nem mistura de etanol anidro. Quando o combustível chega para os postos, o valor soma-se ao lucro das distribuidoras, aos impostos etc., passando a custar R$ 3,30 – preço que o posto revendedor paga na compra. No fim, a forma que a baixa de preço é anunciada nas mídias dá a entender que o consumidor final vai pagar aquela porcentagem a menos, e não é bem assim. Deve-se considerar todo o cálculo da cadeia de venda dos combustíveis.
A adição de etanol anidro é necessária para diminuir os poluentes e melhorar a limpeza interna do motor. Porém, quando em excesso ou em falta, compromete a qualidade do produto. Essa adição é regulamentada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 27%, que pode variar em até um ponto percentual para mais ou para menos.