A Revista Valor Econômico divulgou hoje (13/1) em suas mídias que a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) protocolou ofício no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – Ministério da Justiça e Segurança Pública – comunicando suas considerações a respeito da prática de “preços predatórios” por parte da Petrobras. Para a Abicom, “o preço médio do litro do combustível vendido pela estatal na refinaria estaria R$ 0,40 abaixo da paridade internacional, no caso da gasolina, e R$ 0,30 no do diesel”.

Já a Triad Research, instituto independente de pesquisa de mercado, informou que “o consumidor pagou, em média, R$ 4,432 pelo litro da gasolina nos postos, em 2020, 1,6% a menos que em 2019. No diesel, a baixa foi de 3,2%”.

O Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirma que “os cálculos da defasagem se baseiam em dados incorretos, porque não levam em consideração os custos reais da Petrobras e, sim, os de terceiros. ‘Nós é que sabemos dos nossos custos’, disse”. Castello Branco disse ainda que “não transfere imediatamente para o preço dos combustíveis as oscilações no mercado internacional. ‘Não vamos cometer esse erro, essa experiência que deu confusão. Somos produtores de combustíveis, não trading’, afirmou. E citou a política de reajustes diários adotada na gestão de Pedro Parente como exemplo de erro na estratégia comercial da empresa”.

As acusações de preços predatórios contra a Petrobras, segundo Castello Branco, “partem de pequenos importadores, para os quais ‘o melhor dos mundos’ seria a Petrobras colocar os preços ‘lá em cima’, o que viabilizaria quem é mais ineficiente. ‘Quem são os principais importadores? São as grandes tradings e as grandes distribuidoras: Raízen, BR, Ipiranga. E ninguém veio reclamar conosco de nada’.”.

Fonte: Revista Valor Econômico