Como oferecer o lubrificante ideal para cada veículo e aumentar as vendas do produto? Este foi tema da palestra realizada no ultimo dia 1 de junho, na sede do Sindicomb.

Para um público de 80 pessoas, o especialista em lubrificantes, Elemar Martins, da empresa Schrader, de Blumenau esclareceu dúvidas sobre os tipos de lubrificantes utilizados em veículos automotivos, suas classificações e aplicações.

De acordo com Martins, o sucesso dos postos que oferecem serviços de lubrificação começa pelo conhecimento do produto “É necessário que os atendentes conheçam tudo sobre o negócio para fidelizar o cliente.” A organização do ambiente também foi ressaltada pelo especialista: uniformes limpos, boa apresentação pessoal, exposição correta dos produtos e limpeza do estabelecimento são fatores essenciais para incrementar as vendas.

Funções

Os lubrificantes possuem diversas funções, além de reduzir o atrito e o desgaste do motor. O seu uso mantém o motor limpo e livre de resíduos, veda a folga e proporciona eficiência ao veiculo. Auxilia também no resfriamento, pois equilibra a temperatura e protege o motor no momento da partida, quando há um maior desgaste.

Martins foi enfático ao afirmar que o melhor lubrificante para o carro é aquele sugerido pelo fabricante e que consta no manual do veículo. “A primeira coisa a fazer antes de oferecer o produto é saber qual o tipo de produto recomendado pelo fabricante.” Ele ressaltou que muitos motoristas hesitam em seguir as recomendações, principalmente quando o produto tem um valor elevado. “Neste caso, é importante que o frentista deixe bem claro que a responsabilidade por algum eventual dano no motor será do consumidor”.

Outro ponto importante esclarecido pelo especialista é sobre o uso de aditivos. “Hoje todos os lubrificantes já vêm com aditivos, ou seja, não é necessário usar aditivos adicionais”. Ele frisou ainda, que alguns motoristas desconhecem este fato e solicitam o produto aos frentistas. “Os funcionários nunca devem oferecer o produto, somente se o cliente exigir”.

Siglas

A recomendação de Martins é a de que o frentista deve estar sempre atento às siglas que constam no frasco do produto. A mais importante, e representada pela sigla SAE diz respeito a viscosidade, ou seja, o tempo de escoamento de um óleo a uma determinada temperatura.

A viscosidade é definida por dois números separados pela letra W. Tomando como exemplo, a sigla 20W50, o primeiro número indica o comportamento do óleo a baixas temperaturas, e o segundo, seu comportamento em altas temperaturas. “Quando mais baixo o grau de viscosidade, mais rápido será o nível de lubrificação”, explicou ele.

A sigla API foi criada pelo Instituto Americano de Petróleo e tornou-se referencia mundial para especificar o tipo de óleo para cada motor. A letra S determina que o lubrificante deve ser utilizado em veículos com motores à gasolina, etanol e GNV e a sigla C, em motores à diesel. Ele esclareceu ainda, que quanto maior a letra que estiver ao lado direito do S ou do C, maior é o desempenho e a tecnologia do produto.