Apesar das dificuldades econômicas, a demanda por combustíveis fechou 2014 com saldo positivo. As empresas associadas ao Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) distribuíram 105 bilhões de litros. Este resultado representa crescimento de 6,1% nas vendas, enquanto que o mercado, que movimentou 133 bilhões de litros, avançou 5,6%, conforme anunciou no dia 16 de dezembro o presidente do Sindicom, Alísio Vaz.

Segundo ele, esse bom desempenho foi puxado pela demanda por etanol hidratado, que subiu 11,1% nas associadas, impulsionada por dois fatores: desoneração do PIS/Cofins na distribuição do produto e a atuação rigorosa dos estados na fiscalização e controle do mercado. Além disso – diz -, o consumo de gasolina também subiu, refletindo o aumento da frota de passeio nos últimos anos.

– Relevante neste contexto foi o alinhamento das estatísticas oficiais do mercado de etanol hidratado à realidade das vendas, numa vitória da ANP sobre as distribuidoras que ocultavam informações – disse, acrescentando que a crescente formalização da distribuição do biocombustível, o ajuste do Sistema de Informações, o ajuste do Sistema de Informações de Movimentação de Produtos (Simp) da agência permitiu a entidade acompanhar com dados reais a evolução do segmento.

Alísio disse ainda que a locomotiva de vendas da gasolina C e o óleo combustível foram as Regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste. O Norte registrou crescimento de 9% na gasolina e 2% de óleo diesel; o Nordeste 9% e 4%, respectivamente. Já a Região Centro-oeste, cresceu 8% na vendas de gasolina C e 6% no óleo diesel.

Quanto às vendas de querosene de aviação, Alísio disse que as associadas à entidade registraram crescimento de 3,5%, enquanto que as outras distribuidoras registraram queda de 6,5%. Já o mercado registrou crescimento de 3,5%.

– A distribuição de querosene de aviação, feita pelas associadas, também registrou saldo positivo de 3,5%, com 7,5 bilhões de litros. A favor desse resultado, que reverteu a queda do ano anterior, pesaram a retomada da demanda por passagens domésticas em torno de 5%, após um ano de ajuste na oferta de vôos por parte das companhias, e o aumento do número de vôos internacionais, por conta da manutenção de trajetos criados pelas aéreas por ocasião da Copa do Mundo – disse, ressaltando que o faturamento das lojas de conveniências pulou de R$ 3,1 bilhões em 2013, para R$ 3,8 bilhões neste ano.

Alísio fez questão de externar sua preocupação com a atuação da milícia no setor. Segundo ele, aos poucos eles vão eliminado os postos tradicionais.

– O revendedor tradicional é expulso do setor pela milícia que ocupam determinada região. Eles oferecem preço baixo para conquistar o consumidor utilizando algum tipo de fraude. A ANP sozinha não consegue resolver isso. Tem que ter atuação da Polícia. Esses postos também servem como locais para lavagem de dinheiro das milícias.

Fonte: Monitor Mercantil