Peritos da polícia Civil realizam desde o início da manhã está junta- feira (3), o trabalho de verificação das instalações do posto de gasolina Higienópolis, em Maria da Graça, no Subúrbio do Rio, onde ocorreu uma explosão na noite de quarta-feira. A explosão ocorreu no depósito onde ficavam cilindros que armazenavam o gás GNV para abastecer as bombas. Peritos da Polícia Civil, que concluíram a perícia de local por volta das 13h30, levaram para análise uma válvula de escape que indicaria aumento de pressão em um dos cilindros de gás . A peça será testada em laboratório.
Nove pessoas ficaram feridas na explosão — uma segue internada em estado grave. Nesta quinta, o cenário na região era de destruição. O posto estava destruído e até uma casa vizinha ao prédio ficou com o telhado avariado.
Técnicos da Defesa Civil municipal estiveram no local e desinterditaram as casa lojas vizinhas ao posto, na Rua Carneiro Ribeiro. O marceneiro da Aeronáutica Marcos Rocha Marques, que teve o apartamento liberado na manhã desta quinta, contou que já havia denunciado o posto por vazamento de gás.
“Há tempos que há vazamento de gás desse depósito. Falei com vários gerentes do posto e no ano passado fiz denúncia do posto. Ele chegou a ser interditado, mas reabriu depois com o mesmo problema. Era uma tragédia anunciada”, disse o vizinho, que assistia TV no momento da explosão.
Segundo o chefe de fiscalização da Agência Nacional de Petróleo, Paulo Iunes, o posto foi autuado em junho por venda de combustível de outra bandeira que não era da Petrobras. Ele fiscaliza a qualidade dos combustíveis e a pressão do gás e disse que se forem encontradas irregularidades, o posto pode ser autuado. A multa varia de R$ 5 mil a R$ 5 Milhões.
Medidor- Já o gerente do posto Ivanildo de Almeida Albuquerque disse que ocorreram três explosões e que o problema aconteceu no medidor da Ceg, que fornece o gás. Esse medidor fica dentro do compartimento onde ficam acondicionados nove cilindros de gás.
“O problema não foi no posto, basta ver que as bombas de gás não foram atingidas. O problema foi no medidor. O local não é um depósito, é um compartimento de gás, normal. Ninguém entra lá, só o pessoal que faz manutenção”, disse o gerente.
O coronel Alexandre Luis Belchior dos Santos, diretor da Diretoria de Pesquisa, Perícia e teste do Corpo de Bombeiros, disse que dentro de no mínimo 30 dias deve sair o laudo do local, para determinar o que causou a explosão. Segundo ele, o posto deve apresentar um pau de exigências e o certificado de aprovação dos bombeiros para seu funcionamento. E que em caso de denúncias de vazamentos e outras irregularidades que possam ocorrem devem ser feitas ao quartel dos bombeiros da região.
Em nota, a Ceg descartou qualquer possibilidade do acidente ter sido ocasionado por um escapamento de gás em suas instalações. A Companhia também ressaltou que não recebeu nenhum chamado de emergência para o posto. A pedido do Corpo de Bombeiros, a Ceg interrompeu o fornecimento de gás para o posto.
Fonte: G1