A Petrobrás anunciou ontem mais uma alta nos combustíveis – só na semana passado foram cinco aumentos. Dessa vez o anúncio foi a gota d’água para desencadear um movimento nacional dos caminhoneiros, insatisfeitos com a política adotada pela empresa desde o segundo semestre de 2017.
Estima-se que desde 4 de julho do ano passado o preço da gasolina e do diesel comercializados nas refinarias avançou aproximadamente 59%, pesando no bolso dos caminhoneiros, dos transportadoras, de toda a cadeia produtiva no país e dos consumidores em geral. Se por um lado a Petrobras comemora o lucro recorde em 2018 e o governo festeja a entrada dos impostos cobrados sobre estes aumentos, por outro a geração de emprego e a produção são afetadas diretamente pela transferência de renda. Uma política arriscada para o período pós-crise. Não por acaso a prévia da Sondagem da Indústria de maio de 2018, calculada pela FGV, sinaliza queda de 0,3 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICl) em relação ao número final de abril, indo para 100,7 pontos. Essa foi a segunda queda consecutiva. A perda da confiança decorre da piora das expectativas do setor para os meses seguintes.
Fonte: Janine Alves/ Notícias do Dia