Na loja sete da Rede de Supermercados Giassi, no bairro Campinas, em São José, o pão de forma fatiado industrializado já acabou, sobrando apenas o feito pelo próprio supermercado. “Tivemos que substituir o pão que queríamos por outro equivalente. De modo geral, as prateleiras também estão mais vazias do que o costume. Ainda não nos preocupamos em estocar mantimentos em casa, mas, se continuar assim, o problema vai chegar aqui em breve”, acredita o consultor empresarial Alexandre Souza Corrêa, que fazia compras com sua esposa.
Apesar da dificuldade para a reposição desses mantimentos, o gerente do supermercado conta que a única coisa que mudou foi o movimento no supermercado. Neste final de semana, a loja registrou cerca de 20% a mais de consumidores do que o esperado para o período, o que pode ter relação com uma possível preocupação dos clientes que desejam prevenir a falta de alguns produtos. Em relação ao preço ofertado, ele garante que continua o mesmo de antes da greve dos caminhoneiros.
De acordo com diretor do Procon de Florianópolis, Gabriel Meurer, há uma ordem do órgão estadual para que não haja aumento dos produtos por conta da manifestação. Por isso, os consumidores que se sentirem lesados deverão procurar a unidade para fazerem sua reclamação. Por enquanto, não está prevista nenhuma ação pontual sobre isso. O Sistema Estadual de Defesa do Consumidor recomenda, ainda, que os consumidores não façam estoques de produtos e alimentos para evitar o desabastecimento em Santa Catarina.
Postos ainda trabalham com estoques
Em alguns postos, o atendimento a consumidores preocupados em ficar sem combustível por conta da greve dos caminhoneiros também tem aumentado. Apesar disso, ainda não há registros de falta de combustível na Grande Florianópolis.
Embora o fornecimento continue normalizado, em um estabelecimento do bairro Monte Cristo, em Florianópolis, o atendimento foi de 10 % a 15% a mais do que o esperado durante a semana passada. O mesmo aconteceu em um posto do bairro Estreito, que também tem feito a reposição habitual de seus estoques.
Já em um posto do bairro Campinas, o estoque deverá ser suficiente para atender toda a demanda até quarta-feira (4), depois pode ser prejudicado se não houver a reposição. “Normalmente, o estoque é reabastecido em todos os dias da semana, de segunda a sábado. Por causa da paralisação nas estradas, no entanto, o último fornecimento que recebemos foi na quinta-feira (26). Se continuar assim, a gasolina e o álcool poderão acabar no meio da semana”, acredita o frentista Fabiano Lopes.
Mesmo sem ter certeza se o combustível iria acabar, o analista de sistemas Agamenon Amaral achou melhor prevenir. “Minha namorada mora em Chapecó e lá está um problema sério em encontrar combustível. Eu já iria encher o tanque do carro hoje, mas mesmo se não fosse, encheria por medo de acabar”, atesta.
Fonte: Noticias do Dia