A vertiginosa queda no consumo de etanol em Santa Catarina tem levado os donos de postos de combustíveis a simplesmente abolir a venda do produto. De um ano para cá, contabiliza o empresário Neri Spillere, a redução nas vendas foi de 80% na região de Criciúma.
Proprietário de dois postos entre as Ruas Henrique Lage e Araranguá com a Avenida Álvaro Catão, ele decidiu cortar pela metade os baixos resultados nas bombas. “Hoje só vendo no posto de baixo, o da Rua Araranguá”, conta. “No de cima, passei a usar a bomba pra vender gasolina.”
A queda nada tem a ver com a recente crise econômica, garante Spillere. “Começou no ano passado, quando o preço deixou de ser competitivo, e isso inclui o gás natural. Oito meses atrás vendíamos de 180 a 200 m3 de GNV por mês. Hoje, não passa dos 70 m3.”
Alíquota elevada
A situação dos revendedores em Santa Catarina distancia-se da enfrentada em São Paulo também nos preços. Recentemente, os meios de comunicação paulistas destacaram uma retomada no consumo de etanol devido à diminuição do valor nos postos.
A explicação ressuscita a guerra fiscal entre estados. “Enquanto nossa base de cálculo no ICMS é de 25%, eles pagam 9%”, compara o empresário Edílson Barp. “Foi o meio que o governo de lá encontrou para estimular as usinas já que no país mais da metade delas quebrou ou foi desativada.”
Há seis meses, Barp também optou por suspender a venda de etanol em seu posto no bairro Pinheirinho. “No último mês em que vendi etanol, não passei dos 5 mil litros.”
Fonte: Portal Engeplus