Foram vendidos no mês passado 8,5 bilhões de litros, 12% acima do registrado em outubro de 2011.

Impulsionado pela gasolina, o consumo de combustíveis no Brasil bateu recorde em outubro. Foram vendidos no mês passado 8,5 bilhões de litros, 12% acima do registrado em outubro de 2011. Os números se referem às empresas associadas do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), que concentra 80% do mercado de combustíveis do país.

O presidente-executivo da entidade, Alísio Mendes Vaz, diz que outubro foi um marco de vendas também para a gasolina e para o diesel. O consumo de gasolina no mês passado pelas distribuidoras do Sindicom subiu 16,8%, para 2,618 bilhões de litros e, entre janeiro e outubro, acumula alta de 12,1%, para 23,946 bilhões.

O consumo de diesel em outubro cresceu 11,8%, para 4,331 bilhões de litros. No acumulado do ano até outubro, a alta é de 6,3% com consumo de 38,2 bilhões de litros. A tendência é que mais recordes sejam alcançados nos meses seguintes, sobretudo para a gasolina, que tem ápice de consumo em dezembro. “O avanço mensal de vendas de gasolina será da ordem de 12%”, estima Vaz.

Também cresceu em outubro a venda de etanol pelas associadas do Sindicom, que detém 60% do mercado brasileiro do biocombustível. Foram vendidos no mês passado 547 milhões de litros, 7,7% de aumento em outubro. Trata-se da maior venda mensal desde junho de 2011, segundo Vaz. Desse total, 347 milhões de litros foram vendidos no Estado de São Paulo, alta de 11,1% em relação a outubro do ano passado, no entanto, ainda queda de 5,2% no acumulado do ano.

Em todo o país, a venda de etanol entre janeiro e outubro deste ano atingiu 4,707 bilhões de litros, ainda queda de 21,1% na comparação com igual intervalo de 2011.

A forte demanda por combustíveis no Brasil fez com que alguns agentes do mercado de distribuição alertassem que o consumo poderia não ser atendido neste fim de ano. Vaz admite que, em outubro, houve problemas de falta de combustível no Amapá, por causa de logística, e no Rio Grande do Sul, onde a refinaria de Canoas (Refap) parou de funcionar devido à falta de petróleo. “Há disponibilidade de combustível no mundo. Chegar ao Brasil não é difícil, mas o problema interno é conhecido, de infraestrutura e logística”, diz.

Fonte: Valor Econômico